terça-feira, 12 de abril de 2011

E A ÁRVORE SECOU-SE...



ANO  I  - NÚMERO II
Vila Velha,
Sexta-feira, 08 de abril de 2011
09h31min


Aos fundos de uma simples, mas, bela casa lá estava um belo jardim com flores das mais lindas que alguém poderia ter visto e algumas hortaliças faziam parte da “decoração” daquele extenso quintal. Todos se admiravam quando ali chegavam e podiam contemplar quanta coisa linda e maravilhosa reunida num só lugar; muitos enchiam seus olhos d’água ao descobrirem que as melhores coisas da vida poderiam ser alcançadas de uma maneira tão pura e simples.
 
Em meio a tanta e exuberante beleza lá estava uma frondosa árvore onde, muitos por vezes, sentavam-se debaixo de sua copa para “papearem” e até mesmo para assobiar, cantar ou mesmo tocar uma bela canção de angelical melodia.
 
Ah! Quão bom haveria de ser se aquela árvore pudesse falar ou quem sabe se ela ao menos pudesse responder a tantos “sussurros aos pés do ouvido” que lhes eram confidenciados.
 
Nada é eterno, tudo é passageiro” assim já dizia um Amigo meu...
 
Quanta dor, quantas lágrimas rolaram ao perceber que depois de muitos anos de “amizade, amor e cumplicidade” aquela árvore estava secando; quantas recordações remontavam uma história, história que chegava agora ao seu destino final e a árvore secou-se atacada por um mal. O Jardim continuará a existir, mas, a árvore se foi.
 
Não existe nada melhor que uma Família unida, onde os “espinhos” até podem existir, porém, a beleza e o perfume das flores superam em extremo quaisquer dos espinhos.
 
Na manhã de ontem, na cidade do Rio de Janeiro muitas casas perderam a “arvore” do seu jardim; uma chacina cruel e sem medidas ceifou vidas frutíferas que buscavam um futuro que jamais hão de conhecer...
 
Adolescentes perderam a vida... Pais, Irmãos e Amigos perderam a “árvore”... O jardim e as hortaliças hão de continuar a vida mesmo em meio a tantas dores, feridas e sofrimentos.
 
Aproveitemos cada instante do poder desfrutar das sombras das árvores, pois, num momento não esperado, elas poderão deixar de existir.

Geremias de Assis Antunes 

Nenhum comentário:

Postar um comentário