segunda-feira, 17 de março de 2014

O MELHOR LUGAR DO MUNDO...



Geremias de Assis Antunes
 Lucas 15:11-22

I – INTRODUÇÃO

Se pararmos para observar as belezas naturais existentes em todo o mundo, vamos nos deparar com lugares exuberantes; lugares que provavelmente, nunca imaginaríamos a sua existência; aqueles lugares que gostaríamos de estar com a pessoa amada, com os Filhos, com esposa, com os Pais e ou Irmãos e até mesmo com aqueles Amigos que nos são mais chegados.

Em face de tudo isso, devemos ressaltar que, pessoas possuem gostos diferentes; uns gostam de cachoeiras; outros gostam de praias; uns gostam da vida no campo enquanto outros gostam de uma vida mais agitada e por aí vão diversidades de gostos e lugares.

Na Bíblia encontramos o relato de certo jovem que após tomar uma decisão foi parar num lugar que até então ele poderia pensar que fosse bom, no entanto, ele “caiu em si” e viu que nada daquilo era tão bom o quanto ele anteriormente havia pensado.

Então surge uma pergunta: “Qual é o Melhor Lugar do Mundo???”

II – INICIANDO O TEXTO

Certo homem tinha dois Filhos”. Coisa boa para um homem é ter seus Filhos; alguns  até comentam que “aquele que ainda não teve Filhos, não começou ainda a viver”. E assim era esse tal homem; Pai de dois Filhos. Se fosse nos dias de hoje, poderíamos dizer que era um Grande Fazendeiro, um Grande Agricultor ou um Pecuarista de renome; certamente, tendo seus Filhos nas melhores Faculdades; fazendo os melhores cursos; “comendo do bom e do melhor”; com roupas de griff e mais um monte de coisas que Filhos de um Grande Fazendeiro poderiam usufruir.

Contudo, os Filhos nunca são iguais; um dos maiores erros que se comete é pensar que os Filhos são iguais; no caso daquele homem também não era diferente; dois Filhos, porém, com naturezas e personalidades distintas.

III – UMA DECISÃO PRECIPITADA E INCONSEQUENTE

O texto relata que o Filho mais novo resolveu sair de casa em busca de novos rumos; resolveu abandonar o lar, no entanto, para a aquela situação, época e contexto o assunto era muito pior do que se pode imaginar. O Filho pediu a seu Pai para que  lhe concedesse a sua parte da herança. Como a todos é notório, normalmente, heranças somente são passadas aos Filhos após a morte dos Pais e era exatamente isso que aquele Filho estava demonstrando em suas palavras. Como se ele assim dissesse: “Pai, o senhor não mais tem nenhum valor para mim; a partir de hoje, estou considerando o senhor como morto para mim; no meu coração não existem mais alianças paternas do senhor para comigo a partir de hoje; só quero o que é meu e nada mais me interessa”.

Podemos imaginar a dor que invadiu o coração daquele Pai; quanta angústia transbordou aquela mente, provavelmente, aquele pai ficou até sem palavras em meio às lágrimas e soluços em virtude de saber daquela decisão do Filho mais novo.

Infelizmente muitos, nos dias de hoje, têm se comportado da mesma forma que comportou aquele jovem. Pensemos então o que temos visto na vida eclesiástica de muitos; pessoas que já foram líderes nas Igrejas; professores de Escola Bíblica Dominical; líderes de adolescentes e ou jovens; ministros de louvor; membros dos Grupos de Oração e que, por causa de algo que aconteceu resolveram abandonar a “casa do Pai”; talvez por um mal entendido; uma palavra mal dita; uma fofoca; um desentendimento com a Liderança e outras tantas coisas decidiram deixar o “lar”.

Observe que a decisão é do Filho; por mais que o Pai ama o Filho,  não  interfere nas decisões do mesmo. O coração de Deus também sofre com a ingratidão de seus Filhos que Ele tanto ama; “lágrimas correm dos olhos de Deus” quando um de Seus Filhos toma decisões erradas e precipitadas.

IV -  O FILHO FOI PARA UM LUGAR DISTANTE 

O texto continua dizendo “poucos dias depois, o Filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua”. Imaginemos que nesses dias antes da saída definitiva daquele Filho, o seu Pai insistisse com ele para não sair de casa; o Pai deve ter dado inúmeros conselhos; deve ter alertado ao Filho sobre as intempéries da vida fora do lar; certamente, perdeu noites de sono e até mesmo o apetite por estar preocupado com a decisão do Filho; nesses poucos dias o Pai, provavelmente, teve perda de peso; ficou com olheiras; desfigurou o semblante e perdeu o ânimo; tudo isso seria comum a qualquer Pai que recebe uma ingratidão vinda de um de seus Filhos. É bom observar que o Filho não partiu para uma cidade próxima; ela não foi morar numa cidade vizinha, mas, sim ele foi para uma “terra longínqua”; foi para distante do Pai; foi para longe de seu lar, para longe de sua Família.


V – O AFASTAMENTO DO PAI  PROVOCA DESGRAÇAS

Certamente, você nalguma vez na vida já ouviu alguém dizer “fulano está vivendo tão sem graça ultimamente”; “depois daquele fato o fulano perdeu  a graça”; “eu não vejo mais graça nessa situação”; quando se ouve isso é em virtude de tal pessoa ter perdido a alegria; tal pessoa perdeu o rumo; perdeu o sentido bom das coisas  e quando isso acontece surgem então outras posturas que poderão piorar ou acertar de vez a situação.

Com aquele jovem não foi diferente. Estando longe da casa do Pai, ele desperdiçou tudo o que tinha; entrou para a vida mundana; entrou para uma vida de pecados; e uma vida de pecados só pode produzir a perda da alegria, a perda da graça; a distância do Pai faz a vida ficar insaciável, pois, somente o Pai tem o poder de suprir todas as coisas; a insatisfação com tudo que se faz é algo bem presente na vida do Filho que deixa a casa do Pai.

O distanciamento do Pai produz também envolvimentos com algo que até então ninguém poderia imaginar; note que aquele jovem que até então tinha de tudo em suas mãos agora vai ser empregado; não somente um empregado, mas, viver como escravo cuidando de porcos; envolvendo-se com alimentações podres; mau cheiro sem medidas vindo também o desejo de comer dessa podridão.

O Ser Humano longe de Deus, que é o Pai, também acaba por ter o desejo de se alimentar das coisas podres que o mundo oferece; o pecado vai se aproximando cada vez mais; perde-se o cheiro suave de Cristo e absorve o cheiro desagradável do pecado.

O pecado é algo inerente na vida daquele que está longe da Casa do Pai; o pecado empobrece o ser humano, pois, tira-lhe a maior riqueza que o estar na Presença de Deus; o pecado leva à degradação; deterioração; escassez; humilhação e vergonha; indignidade; perda até mesmo de amizades; solidão; desprezo; aflição e tudo de ruim que se possa imaginar; o pecado é algo mortal; “o salário do pecado é a morte”.


VI – É NECESSÁRIO ANALISAR A SITUAÇÃO E RECONHECER

Então caindo em si...” veja que fantástico e maravilhoso, no popular se diria “caiu a ficha”. Até que enfim desconfiou da péssima situação que sua decisão o havia levado. Nem sempre reconhecer o erro é algo tão bom e ou tão agradável; na grande maioria das vezes se omite o erro e prefere ficar no eterno sofrimento a se entregar à realidade dos fatos. Aquele jovem reconhece sua situação de calamidade por estar longe da casa do Pai; ele reconhece que não compensa ficar longe do Pai; reconhece também que o estar longe do Pai só provoca dores e tristezas e lembra dos bons e inesquecíveis momentos que passou em seu lar.

VII – RECONHECIMENTO ACOMPANHADO DE DECISÃO

Aquele jovem não somente reconheceu que tinha tomado uma decisão errada; ele viu que a decisão por ele tomada tinha sido com base no momento de euforia; ele notou que a vida dele tinha mudado, drasticamente, para pior e agora ele quer tomar uma atitude, quer assumir uma postura. Ele viu que onde ele estava não era o melhor lugar do mundo como tempos passados lhe ocorrera na mente.

De nada adianta reconhecer que errou e não tomar uma atitude para se consertar; aquele jovem agora toma uma decisão que mudaria toda a trajetória de sua vida; ele assume uma postura de coragem; ficou determinado em rever seus conceitos e assim o fez “levantar-me-ei e irei ter com o meu Pai”; ele queria ver o Pai novamente; ele queria ter a graça de estar na casa do Pai; ele queria ter sua alegria e paz restauradas.

Em meio à decisão por ele tomada há algo que vai ao mais profundo do ser humano quando ele mesmo diz “já não sou mais digno de se chamado teu Filho,  trate como um de seus trabalhadores”. Isso é decisão com humildade; ele não simplesmente tomou uma decisão, mas, tomou uma decisão de se colocar numa posição inferior, pois, agora o que ele disse ao partir de casa, passa para o Pai. Tipo assim: “Pai, aquilo que eu falei com o senhor, agora quero que o senhor fale comigo, não precisa me aceitar como Filho”.

Podemos imaginar a angústia que estava passando esse jovem; a aflição; talvez agora suas roupas não fossem mais bonitas, pois, estavam surradas com o tempo; sujas e manchadas pelas poeiras nas caminhadas; provavelmente, seus cabelos e barba estavam por fazer; seu semblante tinha ficado desfigurado; olhos fundos pela canseira e falta de alimentação.

Quando se afasta de Deus a angústia e a aflição tomam conta do homem; as “vestes brancas” tornam-se encardidas e manchadas por causa do pecado; o pecado faz com que o semblante fique abatido, pois, destrói e mata.

VIII – O PAI ESTÁ DE BRAÇOS ABERTOS

Então levantando-se foi para o seu Pai”. Ele agora vê que o único lugar que ele jamais deveria ter saído era da casa do Pai; ele não parou no caminho; tinha uma decisão acertada em sua mente e coração; estava decidido e determinado a reconciliar-se com o seu Pai.

“Quando ainda estava longe, viu o seu Pai”; com certeza o coração foi a mil; o calafrio começou a surgir; aquela vontade de chorar fazendo a garganta doer; possivelmente, deixou caída no caminho sua mochila cheia de roupas sujas e mau cheirosas e correu ao encontro de seu Pai.

Veja que maravilhoso encontro.

O Filho correu e se lançou, pulou no pescoço de seu Pai e o beijou.

 
IX – A ATITUDE AMOROSA DO PAI 
O Pai nada questionou; o Pai não ficou com nojo de o Filho estar todo sujo e fedorento, pois, há tempos, certamente, não tomava um banho; o Pai não questionou o estado das roupas e o estar mal trapilho, pois, para o Pai o mais importante é a volta do Filho ao Lar.

O Pai prepara uma Festa para o Filho que retorna ao lar, pois, não existe motivo maior para festa do que uma reconciliação.

A Bíblia afirma que há festa, alegria no céu quando um pecador se arrepende.

Note bem que a ordem para executar a festa não era para o dia seguinte ou  para o próximo ano “trazei depressa”. O Pai queria festejar logo a volta do Filho ao Lar.


X – CONCLUSÃO
Não compensa sair da casa do Pai, pois, só na casa do Pai há liberdade; só na casa do Pai há Paz e Segurança; só na casa do Pai há fartura de Bênçãos e Prosperidade; só na casa do Pai existe Graça Incondicional e Maravilhosa.

A casa do Pai é O MELHOR LUGAR DO MUNDO para se viver.

Tome sua decisão ainda hoje de voltar para o lar, pois, o Pai te espera de braços abertos pronto a te perdoar.

Humilhe-se diante de Deus e Ele te exaltará.

Amém.
Vila Velha - ES
Quarta-feira, 09 de novembro de 2011
23h31min
REEDITADO
Seguuda-feira,17 de março de 2014
10h41min