Geremias de Assis Antunes
Pode ficar confiante e sinta
plena segurança, num dado momento que você não espera o vento vai se aquietar e
a tempestade vai cessar.
Em meio a grandes trovões
estrondosos e relâmpagos confesso que já senti medo ao relembrar aquelas cenas de
filme de terror/suspense de Alfred Hitchcock. Creio eu que tal medo não apenas
me assombrava, mas, que ainda perdura em muitos corações e mentes nos dias
atuais.
Se perguntássemos quem nunca
sentiu medo ou quem não sente medo de alguma coisa, certamente, teríamos
conhecimento de algo que já é notório, ou seja, a grande maioria esmagadora tem
medo. E nem precisa ter vergonha, pois, medo é algo natural do ser humano.
Nalguns momentos o medo é tido
como algo bom, pois, ele pode prevenir acontecimentos piores; o medo é uma das
emoções que movimentam o ser humano; outros diriam que o medo é um mal
necessário, pois, ele serve como um sinal de alerta para que
possamos nos prevenir contra algo "perigoso",
logo, em resumo poderíamos comparar o medo a um escudo.
Tal sentimento não surgiu
ontem, isso é velho... Vamos citar uma época mais recente, a época de Jesus
quando lemos o relato [ Evangelho de São Marcos 4:35-41 e são Mateus 8:23-27 ]
em que os discípulos estão no barco com Jesus durante uma tempestade.
O Livro Sagrado deixa bem
claro que aquele dia já era tarde e, com certeza, estavam já cansados. O
convite é lançado por Jesus para que juntos “passassem para o outro lado”
o qual foi, prontamente, atendido pelos discípulos.
O Mestre Por Excelência,
Jesus, conhece bem o ser humano e sempre se interessa em tê-lo bem pertinho
d’Ele e se preocupa com ele em todos os aspectos. Jesus sabe muito bem tudo que
se passa no interior de cada pessoa; Ele conhece seus medos, sua solidão, seus
anseios, suas angústias, sua insegurança, seus fracassos, seu desânimo, seu
cansaço, seus desejos pecaminosos e incontroláveis, suas dores e lamentos;
enfim Ele conhece o Ser Humano no mais profundo da alma. Sendo Ele
conhecedor completo e perfeito lança o convite para estarem a sós do “outro lado”.
Enquanto os discípulos, provavelmente,
se alegravam e rememoravam os momentos anteriores das conversas com o Mestre as
quais lhe causavam perplexidade também contavam suas “histórias de pescador”
– alguns deles eram pescadores – entre tantas outras conversas que comentavam
quem sabe uma dificuldade familiar de lidar com o filho ou filha adolescente;
vida conjugal; planos para o futuro e talvez até mesmo um problema com uma
sogra debilitada por causa da idade, os ventos começaram a surgir; ventos e
mais ventos; uma grande tempestade se formou e, certamente, a conversa mudou de
tom; sentimentos de falibilidade, agonia, angústia, insegurança e medo vieram
à tona; totalmente ao oposto do Mestre que, tranquilamente, dormia com a
cabeça sobre uma almofada na polpa do
barco.
Os ventos e aquela grande
tempestade foram atacando o barco de modo que água já tomava conta do barco a
ponto do barco ir a pique e eles morrerem.
Na vida cotidiana do Ser
Humano inúmeras são as tempestades que surgem; os ventos vêm de todos os lados
e atacam de todas as formas na Família - com esposa ou esposo,
Filho ou Filha - no trabalho, no lazer; relacionamentos com os Amigos e não
poderíamos deixar de falar que as tempestades atacam também dentro dos
ambientes chamados religiosos e muitas vezes parece que tudo está prestes do
fim; logo aparece o desânimo, a desmotivação, a incredulidade, a
insegurança e tantas outras coisas negativas que se fôssemos enumerar e ou
listar todo o espaço aqui seria insuficiente.
O que se pode observar é o
seguinte mesmo Jesus estando presente, os problemas e dificuldades hão de
surgir; as tempestades vão nos atacar; os males desse mundo tentarão nos
derrubar; as decepções e frustrações virão; os ventos tentarão tirar o
nosso fôlego ou tirar o nosso sossego; o “corre corre” para “tirar a água do
barco” [ o barco á nossa vida ] poderá produzir um cansaço a ponto de gerar
desânimo e vontade de desistir.
Em face de tal situação os
discípulos passando aquele aperto resolvem ir acordar o Mestre e no popular é
como se tivessem dito: “Que negócio é esse??? A gente quase morrendo aqui,
passando a maior dificuldade, e o Senhor não está nem aí pra gente; nós não
sabemos como resolver, o nosso barco está quase afundando”.
O Livro
Sagrado relata que o Mestre se levantou e repreendeu ao vento e ordenou ao mar
que se aquietasse e em seguida houve uma grande bonança, uma grande tranquilidade; o mar se acalmou e aquietou, o vento cessou. Ao verem
aquela cena os discípulos se encheram de temor e diziam uns aos outros “Quem é este, que até o vento e o mar lhe
obedecem???”
Podemos
imaginar o tamanho da Alegria que inundou os corações daqueles homens; agora
estavam seguros e confiantes.
Tempos idos
podíamos ouvir nalgumas Igrejas o entoar de cânticos tipo “Com
Cristo no barco tudo vai muito bem e passa o temporal” e “Meu barco é pequeno tão grande é o mar Jesus
segura a minha mão...” e também “Mestre
chegou a bonança, em paz eis o céu e o mar, o meu coração goza calma, que não
poderá findar. Fica comigo ó meu Mestre, dono da terra e céu. E assim chegarei
bem seguro, ao porto destino meu”. Infelizmente, muitos não sabem mais onde
o barco foi parar e nem mais buscam estar na presença do Mestre.
Jesus, o
Mestre por Excelência, está perto de você pronto para “acalmar a tempestade” que lhe cerca bastando tão somente que você clame
por Ele.
Nunca se
esqueça: Mesmo Jesus estando presente em sua vida as tempestades hão de surgir,
no entanto, quando você clamar por Ele, Ele vai te ouvir e ordenará o cessar do
vento e da tempestade e virá logo em seguida o tempo de Bonança, tempo de Paz,
tempo de tranqüilidade, tempo de Segurança. Não
existe vento que resista à Voz do Senhor.
Diga pra você mesmo: "Eu creio que Jesus, Meu Mestre por Excelência, já ordenou o cessar desse vento e dessa tempestade em minha vida e os meus dias de Paz já estão às portas"
Amém!!!
Ano II - Número IV
Vila Velha - ES
Segunda-feira, 20 de agosto de 2012
15h58min
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