segunda-feira, 20 de agosto de 2012

E O VENTO CESSOU...



 Geremias de Assis Antunes

Pode ficar confiante e sinta plena segurança, num dado momento que você não espera o vento vai se aquietar e a tempestade vai cessar.

Em meio a grandes trovões estrondosos e relâmpagos confesso que já senti medo ao relembrar aquelas cenas de filme de terror/suspense de Alfred Hitchcock. Creio eu que tal medo não apenas me assombrava, mas, que ainda perdura em muitos corações e mentes nos dias atuais.

Se perguntássemos quem nunca sentiu medo ou quem não sente medo de alguma coisa, certamente, teríamos conhecimento de algo que já é notório, ou seja, a grande maioria esmagadora tem medo. E nem precisa ter vergonha, pois, medo é algo natural do ser humano.

Nalguns momentos o medo é tido como algo bom, pois, ele pode prevenir acontecimentos piores; o medo é uma das emoções que movimentam o ser humano; outros diriam que o medo é um mal necessário, pois, ele serve como um sinal de alerta para que possamos nos prevenir contra algo "perigoso", logo, em resumo poderíamos comparar o medo a um escudo.

Tal sentimento não surgiu ontem, isso é velho... Vamos citar uma época mais recente, a época de Jesus quando lemos o relato [ Evangelho de São Marcos 4:35-41 e são Mateus 8:23-27 ] em que  os discípulos estão no barco com Jesus durante uma tempestade.

O Livro Sagrado deixa bem claro que aquele dia já era tarde e, com certeza, estavam já cansados. O convite é lançado por Jesus para que juntos “passassem para o outro lado” o qual foi, prontamente, atendido pelos discípulos.

O Mestre Por Excelência, Jesus, conhece bem o ser humano e sempre se interessa em tê-lo bem pertinho d’Ele e se preocupa com ele em todos os aspectos. Jesus sabe muito bem tudo que se passa no interior de cada pessoa; Ele conhece seus medos, sua solidão, seus anseios, suas angústias, sua insegurança, seus fracassos, seu desânimo, seu cansaço, seus desejos pecaminosos e incontroláveis, suas dores e lamentos;  enfim Ele conhece o Ser Humano no mais profundo da alma. Sendo Ele conhecedor completo e perfeito lança o convite para estarem a sós do “outro lado”.

Enquanto os discípulos, provavelmente, se alegravam e rememoravam os momentos anteriores das conversas com o Mestre as quais lhe causavam perplexidade também contavam suas “histórias de pescador” – alguns deles eram pescadores – entre tantas outras conversas que comentavam quem sabe uma dificuldade familiar de lidar com o filho ou filha adolescente; vida conjugal; planos para o futuro e talvez até mesmo um problema com uma sogra debilitada por causa da idade, os ventos começaram a surgir; ventos e mais ventos; uma grande tempestade se formou e, certamente, a conversa mudou de tom; sentimentos de falibilidade, agonia, angústia, insegurança e medo vieram  à tona; totalmente ao oposto do Mestre que, tranquilamente, dormia com a cabeça sobre uma almofada na polpa do barco.

Os ventos e aquela grande tempestade foram atacando o barco de modo que água já tomava conta do barco a ponto do barco ir a pique e eles morrerem.

Na vida cotidiana do Ser Humano inúmeras são as tempestades que surgem; os ventos vêm de todos os lados e atacam de todas as  formas na Família -  com esposa ou esposo, Filho ou Filha - no trabalho, no lazer; relacionamentos com os Amigos e não poderíamos deixar de falar que as tempestades atacam também dentro dos ambientes chamados religiosos e muitas vezes parece que tudo está prestes do fim; logo aparece  o desânimo, a desmotivação, a incredulidade, a insegurança e tantas outras coisas negativas que se fôssemos enumerar e ou listar todo o espaço aqui seria insuficiente.

O que se pode observar é o seguinte mesmo Jesus estando presente, os problemas e dificuldades hão de surgir; as tempestades vão nos  atacar; os males desse mundo tentarão nos derrubar; as decepções e frustrações virão; os ventos tentarão tirar  o nosso fôlego ou tirar o nosso sossego; o “corre corre” para “tirar a água do barco” [ o barco á nossa vida ] poderá produzir um cansaço a ponto de gerar desânimo e vontade de desistir.

Em face de tal  situação os discípulos passando aquele aperto resolvem ir acordar o Mestre e no popular é como se tivessem dito: “Que negócio é esse??? A gente quase morrendo aqui, passando a maior dificuldade, e o Senhor não está nem aí pra gente; nós não sabemos como resolver, o nosso barco está quase afundando”.

O Livro Sagrado relata que o Mestre se levantou e repreendeu ao vento e ordenou ao mar que se aquietasse e em seguida houve uma grande bonança, uma grande tranquilidade; o  mar se acalmou e aquietou,  o vento cessou. Ao verem aquela cena os discípulos se encheram de temor e diziam uns aos outros “Quem é este, que até o vento e o mar lhe obedecem???”

Podemos imaginar o tamanho da Alegria que inundou os corações daqueles homens; agora estavam seguros e confiantes.

Tempos idos podíamos ouvir nalgumas Igrejas o entoar de cânticos tipo  Com Cristo no barco tudo vai muito bem e passa o temporal” e “Meu barco é pequeno tão grande é o mar Jesus segura a minha mão...” e também “Mestre chegou a bonança, em paz eis o céu e o mar, o meu coração goza calma, que não poderá findar. Fica comigo ó meu Mestre, dono da terra e céu. E assim chegarei bem seguro, ao porto destino meu”. Infelizmente, muitos não sabem mais onde o barco foi parar e nem mais buscam estar na presença do Mestre.

Jesus, o Mestre por Excelência, está perto de você pronto para “acalmar a tempestade” que lhe cerca bastando tão somente que você clame por Ele.

Nunca se esqueça: Mesmo Jesus estando presente em sua vida as tempestades hão de surgir, no entanto, quando você clamar por Ele, Ele vai te ouvir e ordenará o cessar do vento e da tempestade e virá logo em seguida o tempo de Bonança, tempo de Paz, tempo de tranqüilidade, tempo de Segurança. Não existe vento que resista à Voz do Senhor.

Diga pra você mesmo: "Eu creio que Jesus, Meu Mestre por Excelência, já ordenou o cessar desse vento e  dessa tempestade em minha vida e os meus dias de Paz já estão às portas"

Amém!!!
Ano II - Número IV
Vila Velha - ES
Segunda-feira, 20 de agosto de 2012 
15h58min

Nenhum comentário:

Postar um comentário